Bom dia, pessoal. Eu estou mantendo contato e participando mais à distância (física) do movimento, ajudando na redação, análise, revisão de conteúdos etc. A ideia política consensuada nas discussões é a de não ceder a mais movimentos de centralização da gestão (que não é uma prática só de Paulo Hartung, é de toda a "política profissional" no País). Foram conquistados espaços, instituições, programas. A entrada de um governante não anula os ganhos sociais já legitimados... por isso é preciso resistir, reagir, provocar. Não pra ser simplesmente do contra, mas pra colaborar, pra fazer dar certo. Eu juro , que não sou contra o Hartung, assim como não seria contra o Casagrande, ou qualquer outro. Concordo com a Claudia, quem ganhou que governe. Mas é preciso lembrar ao governo que os tempos são outros, o cenário é outro. Há antigos e novos atores no cenário da política cultural. Não se trata apenas de uma troca de governadores, de marketings e de estratégias políticas. É um mundo de pessoas (os agentes culturais) querendo encontrar outros mundos de pessoas (a população, o "público" -- e o "privado", E todos precisam de um sistema cultural que permita isso. Como alcançar esse grau de sofisticação sem uma contínua escuta da dos artistas e mestres de cultura, da sociedade, da universidade, das representações de classe, dos técnicos do governo, do empresariado, etc.? É claro que tem um mundo de gente com o Hartung atravessado na garganta, afinal ele tem a oportunidade de negociar e reverter as perversões socioeconômicas geradas e mantidas pelas oligarquias de dentro e de fora do Estado. Mas isso é outra questão, pede outros debatedores, outra pauta... No caso desse #ocupaSecult, a questão passa basicamente pela manutenção e aprimoramento dos editais, sem a subordinação a patrocinadores privados (por melhores que possam ser as suas intenções). E passa também pela explicitação por parte da Secult ES, de que seu plano de ação e sua plataforma políticas não se resumem ao instrumento único dos editais, nem a um conceito fechado de que economia criativa se resume à mercantilização da cultura e à tal da "agregação de valor monetário" à produção cultural. O que se quer mais imediatamente, é a continuidade dos editais e a retomada dos fóruns formais de construção da política cultural. Desculpem o comentário tão longo, mas o momento tem a sua urgência e a necessidade de trabalhar com a maior clareza e transparência possível. (Aliás, estou aqui falando em meu próprio nome, a partir da minha percepção em observações de campo e interações com os membros do movimento. Hoje à tarde, como vem sendo informado, haverá uma reunião / assembleia para definir documentos e estratégias para os próximos dias. Quem puder aparecer ou fazer contato com a fanpage, pode auxiliar na produção e no compartilhamento de conteúdos em sites e redes sociais, gerar "potência viral" e, assim, visibilidade. É isso. 'Bora-nois!
1 Comentário
5/3/2015 03:12:53 am
Post original onde o comentário foi publicado:
Responder
Enviar uma resposta. |
OBSERVATÓRIO DE ECONOMIA CRIATIVA NO ESO Seminário Metodológico Economia Criativa no ES publica em seu Observatório de Economia Criativa análises, comentários e informações sobre acontecimentos relevantes para difusão da agenda da Economia Criativa no Espírito Santo. Archives
Abril 2019
Categories |